Ser mandatário – porquê?

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Segundo os dicionários, mandatário é «aquele que recebe mandato ou procuração para fazer certa coisa…». Ao aceitar ser mandatário da candidatura de Rui Calisto, à presidência da Junta da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, recebi um mandato, «para fazer certa coisa», que é ver o Rui na presidência da Junta.
O leitor, nesta fase, pode questionar: «mas quem é este que vem de Lisboa e diz coisas sobre a nossa terra?» ou «Que frete político anda ele a fazer, se calhar está a habilitar-se a um tacho!». Desiludam-se caros leitores que pensam assim. Nasci e vivo em Lisboa, mas trabalhei dois anos em Óbidos e praticamente todos os dias ia a Caldas. Aliás, a minha única filha nasceu no Hospital das Caldas e tenho o maior orgulho nisso.
Interesso-me por Caldas. Gosto da cidade, das pessoas, mas não desejo qualquer tacho, a não ser algum belo exemplar da loiça que carateriza esta cidade. Tendo uma casa de fim-de-semana perto do Olho Marinho, é raro não vir a Caldas, passear, desfrutar, ver, relembrar, passear o cão.

Escrevi para a Gazeta das Caldas sobre saúde infantil a convite deste jornal, e dei consultas em Caldas durante muitos anos. Sinto-me, em parte, caldense. Talvez por isso, e ao ver ao longo dos anos as ruas, lojas ou outros estabelecimentos, e até infraestruturas, creio ser o momento de, melhorar e dinamizar algo que pode ser o “guarda-chuva” de tudo o mais: a Cultura. Sendo pediatra, pai, avô e cidadão, a cultura, a criatividade, aquilo que o ser humano tem para dar, de solidariedade, empatia, projetos comuns, as pessoas conhecerem-se, o comércio tradicional ser mais pujante (os chamados «centros comerciais ao ar livre»), haver concertos, espetáculos e eventos que não tenham o filtro do dinheiro ou da “seleção natural” das classes sociais.
É preciso uma cidade verde, despoluída, bonita, cuidada, saudável, bela, como pode ser ainda mais. É preciso aproveitar, afinal, o que deu o nome a Caldas… as caldas, que é como que diz, as termas. O Parque e a Mata têm de ser Vida. Voltou a Feira da Fruta, onde, nos anos 80, eu estava com uma «banca da saúde», mas é preciso mais. Muito mais, Sobretudo apoiar os mais pobres, reparar edifícios, cuidar do saneamento básico, do lixo, do ruído, do trânsito, esse «animal» que precisa mesmo de ser domesticado, como está a acontecer em todas as cidades civilizadas da Europa
Caldas tem de estar no mapa, associado a Óbidos, Nazaré, Peniche, Alcobaça e toda a deliciosa, bela e esplêndida «Região Oeste», que os turistas adoram, mas que os cidadãos têm também de adorar.
As crianças de Caldas merecem ter boas escolas públicas, excelentes atividades de enriquecimento curricular, ATLs, e é tão fácil – acreditem… há 9 anos que faço parte da direção de uma associação de pais de um Agrupamento público que tem 3.000 alunos! De filosofia no 2º ano, a artes circenses, xadrez, hip-hop, robótica, jornalismo, tiro com arco, culinária…
É preciso renovar. Sem acrimónia relativamente a quem está no poder, sem vinganças escondidas… Foram muitos anos do mesmo… é o momento de ter a ousadia de mudar, para ver se as coisas correm melhor, com a certeza de que – viva a democracia! – se correrem mal podemos sempre repor o voto daqui a 4 anos.
Foi por isso que aceitei ser mandatário do Rui Calisto e da sua equipa. Por favor, não se abstenham. Não fiquem em casa. Não fiquem. Mesmo que seja para ir lá votar em branco ou nulo, mas vejam o que está a acontecer nos países onde a abstenção é grande – serão outros que decidirão por nós. Antes de qualquer candidato, é a democracia que precisa de nós.
Depois, peço-vos que deem um voto de confiança a um homem criativo, de cultura, um homem bom, que não pretende mais do que o bem-estar dos caldenses, que não tem uma «agenda escondida», que não vive da política. Se votasse em Caldas, o meu voto para presidente da Junta da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, seria na lista do Rui Calisto, portanto, na lista do PS.
Foi por isso que aceitei ser seu mandatário. Nada tenho a ganhar. Apenas pensar – e acredito fielmente nisso – que os caldenses ficarão melhor. E Caldas também!

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Mário Cordeiro

 

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