Joaquim Sobreiro Duarte
Facilitador de Aprendizagens e Coach Carreiras Profissionais e Liderança
Vivemos num tempo de constante evolução, onde as mudanças são vistas como uma necessidade, tanto no contexto pessoal, profissional, empresarial como no contexto social e político. No entanto, a mudança é muitas vezes desconfortável e difícil. Contudo, é importante lembrar que, se não estamos a mudar algo nas nossas vidas, então estamos, na verdade, a aceitar essa situação tal como ela é, por mais que nos queixemos ou desejemos algo diferente. Este é o ponto de reflexão central: tudo o que não estamos a mudar, estamos a aceitar.
A mudança não é uma intenção é uma ação.
O primeiro passo para a mudança é a consciência. Quando tomamos a decisão de não mudar, muitas vezes estamos a ceder ao comodismo, ao medo ou até à falta de motivação. Esta aceitação involuntária pode surgir em diversos contextos, seja em relação a uma situação de trabalho que não nos satisfaz, a uma relação que já não nos traz felicidade, ou até mesmo a hábitos e comportamentos que nos prejudicam. A ausência de ação é uma forma de consentimento, uma aceitação de que as coisas não precisam de ser diferentes. Porém, a verdadeira mudança só acontece quando decidimos tomar as rédeas da nossa vida e alterar o que não nos está a fazer bem.
A mudança é coragem que não é a ausência de medo, mas sim compreensão e energia para enfrentar o desconfortável.
O medo é, sem dúvida, uma das principais razões pelas quais não mudamos. Ele pode manifestar-se de várias formas: medo do desconhecido, medo de falhar, ou até medo de perder algo que, mesmo sendo negativo, já é familiar. O medo paralisa e impede-nos de agir, levando-nos a aceitar o que não nos faz feliz. Contudo, a verdade é que aceitar sem questionar é uma forma de nos acomodarmos ao sofrimento. Para mudar, é preciso coragem para enfrentar o desconforto que vem com o processo de transformação.
Aceitação de forma ativa e consciente, não é resignação, mas sim preparação para agir quando necessário.
É importante também compreender que aceitar não é o mesmo que resignar. Quando aceitamos uma situação, devemos fazer isso de forma ativa e consciente. Isto significa que aceitamos o que é, mas ao mesmo tempo estamos preparados para agir se necessário. Não se trata de viver passivamente, mas de perceber que, por vezes, a mudança exige tempo, reflexão e ação gradual. A aceitação ativa é o reconhecimento de que, enquanto não tomarmos uma decisão consciente para mudar, estaremos a viver com as consequências dessa escolha.
A responsabilidade da mudança.
No fundo, a mudança é uma responsabilidade nossa. Cada escolha que fazemos ou deixamos de fazer tem um impacto na nossa vida. Se não estamos a mudar algo que nos incomoda, estamos a aceitar que essa situação, de alguma forma, nos serve ou é mais fácil do que a alternativa. Contudo, é preciso ter em mente que temos o poder de transformar as nossas vidas, e o primeiro passo para isso é reconhecer onde estamos a aceitar aquilo que não devemos. A mudança, embora desafiante, é o caminho para o crescimento pessoal, profissional, empresarial e social de uma forma Simples, Poderosa e muito Significativa.
A escolha é tua, se não estás a mudar estás a aceitar! ■