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As crónicas aproximam-se do seu fim. E hoje, vamos falar de turismo, da Fitur e de Madrid.
Numa das últimas Gazeta das Caldas era notícia o interesse dos Municípios de Óbidos e de Caldas da Rainha em colaborarem na divulgação da Região e na promoção turística dos seus Municípios.
Excelente ideia.
Aliás, todo o Oeste devia voltar a ser uma entidade com “identidade própria”.
Quem nos visita não se fica, em regra, por uma das cidades ou vilas da Região, dada a pequena distância e diversidade de cada uma delas.
Por outro lado, a Região de Turismo do Centro não pode abarcar este processo, quando abrange mais de cem municípios, tão díspares e distantes.
Decorreu na semana passada, de 23 a 27 de Janeiro, em Madrid, mais uma vez a Fitur, uma das mais importantes feiras de turismo da Europa. Berlim, Londres e Madrid.
Este ano, Portugal não investiu no seu pavilhão. Apenas a localização era boa. No pavilhão 4, logo à entrada. Mas quanto ao resto… nada!
Nos últimos anos, havia sempre um tema, o fado, o surf, a gastronomia, etc. Este ano parece que a imaginação desapareceu. Nem um filme promocional.
O pavilhão, desinteressante, era apenas e tão só um conjunto de ilhas/secretárias onde os diferentes operadores vendiam os seus produtos turísticos.
Será que vingou aquela ideia peregrina de que não haverá necessidade de se continuar a investir na promoção turística no mercado espanhol?
Quarenta milhões de potencias clientes, mais os sessenta milhões que os visitam, não nos interessa? Ou está a vingar a ideia de que já chega de turismo!
Salvou-se a Nazaré, Alenquer e Viseu que tinham o seu próprio espaço.
Por outro lado, e mais uma vez a brochura editada pela Região Centro, ignora a cidade das Caldas da Rainha. Não se conhece o critério, mas uma das cidades mais antigas da Região Centro não tem qualquer referência.
Obviamente que nestes dias se viveu Madrid intensamente. É uma cidade que não dorme.
Três notas: com a greve dos taxistas em luta contra a Uber e Cabify, percorremos quilómetros a pé.
O que é ótimo, após “tapear-se e picar-se algo”.
Mas também, é excelente quase já não haver carros no centro de Madrid. Transportes públicos, carros elétricos e híbridos.
Outra medida fantástica é a lei do tabaco.
Cumprida religiosamente.
Já se pode entrar em qualquer café, restaurante, bar, discoteca que não há fumo de tabaco.
Não se fuma em espaços fechados.
Quem conhece, por exemplo Lisboa, sabe que isso é muito desagradável ir-se a um bar ou discoteca e as pessoas estarem sempre de cigarro na mão. Faz parte da pose. E o ar fica irrespirável passado pouco tempo.
Senhores políticos, senhores decisores venham a Madrid. Escassos 6oo quilómetros de Lisboa, menos de 1 hora de avião, ou então façam a viagem de comboio. Longa, mas diferente.
Voltaremos em breve para finalizar a nossa colaboração.
Mas hoje, sem carros e sem tabaco.
O ambiente agradece e a saúde também !

 

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