“Cutelarias de Santa Catarina e Benedita” é uma aposta inteligente de duas freguesias industriais especializadas na cutelaria, respectivamente dos concelhos de Caldas da Rainha e Alcobaça, que compreenderam que a união faz a força e só assim se pode ganhar peso no mercado global.
A criação desta marca, num momento em que o país tem grande visibilidade no mundo, pode permitir que o produto fabricado nesta região possa enfrentar, de forma criativa e competitiva, o difícil mercado internacional.
Estas oito empresas, a maioria já com grande peso no mercado europeu, estão a enfrentar uma concorrência encarniçada com os clusters tradicionais e de grande prestígio na Europa, como os de Soligen (Alemanha), Thiérry (França), Sheffield (Inglaterra) e Albacete (Espanha), que dispõem de muitas outras armas competitivas, incluindo certamente a possibilidade que têm de subcontratrar algumas partes da produção nos mercados de mão-de-obra barata, dispondo em contrapartida de marcas fortes e conhecidas.
Interessante ainda que alguns dos industriais destacaram o papel organizador e mobilizador dos autarcas (acompanhados pela AIRO), mostrando que a missão destes pode ultrapassar a mera resolução dos problemas dos seus fregueses. Interessante também verificar que mobilizaram neste projecto os alunos da ESAD para criarem a sua imagem corporativa.
Zé Povinho destaca o dinamismo da população de Benedita e Santa Catarina, bem como dos seus industriais, trabalhadores e autarcas, que devem mostrar a todos como será possível fazer apostas de desenvolvimento, “win win”, como dizem os especialistas da estratégia, em que sejam todos vencedores.
A semana passada foi assinalada por acontecimentos inesperados sobre suspeitas de actividades de corrupção, compadrio e fuga ao fisco, relacionadas com José Sócrates e o seu ex-ministro da Economia, Manuel Pinho. O PS descolou-se da sua órbita, questionando-se a sua honorabilidade caso as acusações se confirmem, o que levou José Sócrates a demitir-se do partido, continuando Pinho em silêncio sepulcral sobre as acusações de transferências de fundos do grupo BES.
Em finais de Novembro de 2014, aquando da detenção no aeroporto de Lisboa do Eng. José Sócrates, Zé Povinho escrevia que não lhe “iria aceitar argumentos ínvios”, porque “reconhecia nele a preparação política para saber o que pode ser feito e não deve ser feito em termos de utilização e transferência de capitais, pelo que só o desmentido categórico e claro o poderá absolver perante os portugueses”.
Três anos e meio transcorridos Zé Povinho não entende as alegadas transferências de dinheiro entre amigos reconhecidas pelo próprio (sem clara justificação das condições), ainda para mais, como dizem amigos da época, quando queria manter elevados standards de vida sem se assegurar da retribuição dos seus serviços nas actividades que fazia.
Também Manuel Pinho não pode adiar por mais tempo o esclarecimento sobre como alegadamente lhe foram pagos importantes valores em paraísos fiscais, por maior razão que lhe tenha assistido, mas que se tornam imorais (se não forem mesmo ilegais) num país em que a maioria vivia com as maiores dificuldades.
Zé Povinho recorda-se de vários episódios do género ao longo de todo o tempo em que tem vida, desde o final do regime monárquico, à I República, ao Regime Corporativo e à actual III República, agora em regime democrático pleno, com liberdade de informação, pelo que acha que definitivamente os portugueses têm de acertar contas com a verdade e deixarem de entrar nestas jogadas, muitas vezes de difícil análise jurídica, mas eticamente reprováveis.
A imagem dada por José Sócrates e Manuel Pinho nos últimos dias, como antes por outros responsáveis associados à queda do BPN, do BANIF, do BPP, do BES, não se pode repetir.
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