Zé Povinho já aqui destacou, em devido tempo, o caldense João Almeida, porque há muito que a Gazeta das Caldas acompanha o jovem ciclista que, nas últimas semanas, se tornou num verdadeiro herói do povo, com o 4.º lugar no Giro d’Italia.
O exemplo de superação de um atleta que, aos 18 anos, decidiu sair de casa e arriscar uma aventura no ciclismo internacional merece ser ressalvado e não apenas porque se tornou no melhor ciclista português na Volta a Itália, mas porque é um verdadeiro caso de sucesso e de inspiração para todos os jovens que pretendem singrar no desporto.
Durante três semanas, João Almeida colocou Caldas da Rainha e A-dos-Francos no centro do espectro mediático e, como diz a mãe, Ana Gonçalves, deu alegrias a muita gente em tempos de pandemia.
Zé Povinho apetecia-lhe desancar na DGS por ter impedido o desfile ao caldense João Almeida. Era capaz de juntar os imensos exemplos que mostravam uma incoerência noutros ocasiões, como no Avante, na Cova da Iria, no autódromo do Algarve… Mas, mais reflexivo, prefere fazer a autocrítica em nome dos portugueses, talvez da maioria, ou de uma minoria, sabe-se lá, que stressado com o covid-19 desde março, quase já não aguenta mais ordens ou regras. A cabeça foge-lhe para a asneira e para dizer mal de tudo e de todos, e não se olhar ao espelho, porque a incerteza da situação, leva-o mais longe. Zé Povinho acha que amanhã, quando a pandemia estiver em extinção, vai perceber que afinal todos tinham e não tinham razão, e que o desconhecimento sobre o dia seguinte, levava a que todos se achassem sábios. Perante isto tudo, Zé Povinho assume-se como o mau da fita, em nome daqueles que ponderaram pouco as suas atitudes e decisões.