Zé Povinho não esteve, no passado domingo, no Campo da Mata, porque não foi capaz de comprar bilhete, mas ainda assim seguiu atentamente as incidências do embate entre o Caldas e a Belenenses SAD, para a Taça de Portugal, que terminou com a vitória dos visitantes, num jogo à inglesa: 3-5! O espetáculo dentro das quatro linhas foi digno dos contendores, com oito golos, um marcador muito movimentado, bons lances e até uma boa arbitragem… O ambiente no estádio foi digno de se ver e ouvir. E, para tal, muito contribuiu a ruidosa claque do Caldas, que nunca parou de incentivar os jogadores de José Vala e mostrou que, afinal, os grupos de adeptos organizados fazem mesmo falta ao futebol, desde que sejam compostos por apaixonados pelos clubes e pelo desporto e não se movam por outros interesses. O Caldas caiu, mas caiu de pé. E mostrou que tem uma claque e adeptos ao nível da 1ª Liga! ■
Não é com alegria que Zé Povinho agora completa a ronda pelos principais clubes do país, pelas alegadas desditas dos dirigentes, que têm sido visados pela justiça. Para começar bem a semana, uma equipa chefiada pelo caldense procurador-geral adjunto Rosário Teixeira, coadjuvado pela Autoridade Tributária (AT) e a PSP, visitou as instalações e residências dos dirigentes da SAD do FC Porto e empresários desportivos amigos, para procurarem rasto de dinheiros de transferências. Estão alegadamente em jogo vários milhões de euros surripiados ao clube ou aos impostos, que, uma vez mais, parece não causar espanto nem indignação geral. Será que desta vez cai, por desígnios da justiça, com estrondo, mais um dirigente que se perpetuava num clube nortenho, juntando-se ao destino do seu arqui-inimigo da Luz? ■