
Depois de alguns anos hibernada, eis que renasce a Confraria do Príapo com uma primeira iniciativa, mais emblemática e significativa, pela reafirmação da sua existência, do que pela sua dimensão.
De qualquer forma a iniciativa patente na Casa dos Barcos, no Parque D. Carlos I, associando uma interessante exposição póstuma de fotografias do caldense Zica Capristano sobre símbolos fálicos e a parte do património fálico herdado pela nova direção, bem como a apresentação de um quadro de grandes dimensões da jovem pintora Cheila Peças, são uma boa forma de mostrar a nova vida da Confraria.
A introdução na exposição deste contributo artístico da jovem pintora do “Cogumelo Divino” demonstra como pode ser pegada a temática de uma forma mais erudita, que até sensibiliza os visitantes mais sensíveis.
Está de parabéns a nova direcção, encabeçada pela artista Maria Dulce Horta e formada maioritariamente por mulheres, que mostrou que com poucos meios é possível fazer algo – sem melindre – que chame a atenção do público para um potencial caldense sem igual.
Podendo o tema ser tratado de formas diversas, esta exposição tem a dignidade suficiente para não ensombrar a iniciativa e reafirmar a tradição pela qual Caldas da Rainha é mais conhecida a nível nacional e internacional.
Zé Povinho fica satisfeito e espera mais, com novas apresentações que resultem dum estudo mais profundo do fenómeno e que possa ter repercussão a nível mais alargado (nacional ou internacional).

