Zé Povinho destaca esta semana o Arneirense, uma colectividade caldense que proporciona a prática do atletismo há mais de 30 anos. Enquanto caldense, Zé Povinho nutre um carinho especial por aquela modalidade, que tantas alegrias trouxe à terra do seu criador e vibra com o novo ciclo do clube.
Os títulos nacionais, medalhas e transferências de atletas caldenses para os grandes deram à escola de atletismo do Arneirense grande notoriedade. Daí que não fosse expectável que praticamente desaparecesse do mapa durante dez anos. Tal facto, porém, deveu-se precisamente ao fim de ciclo de um grupo de atletas e às tais saídas para os grandes clubes, às quais se juntou a crise económica mundial. No entanto, é bom notar que o atletismo naquela colectividade que nasceu no Bairro dos Arneiros no final dos anos 1980 (e que resultou da fusão de duas outras associações) está a viver uma nova fase da sua história e a tentar regressar aos anos de ouro.
Assim, Zé Povinho considera da mais elementar justeza destacar todos os atletas, ex-atletas, equipa técnica e dirigentes do Arneirense que ajudaram a manter vivo este desporto nas Caldas e também valorizar o trabalho daqueles que, nos últimos anos, têm procurado devolver o clube à glória de outros tempos. A bem da modalidade e do desporto do concelho das Caldas da Rainha.
Portugal foi surpreendido nos últimos dias com as notícias, confirmadas pelo Conselho Superior de Magistratura (CSM), de factos anómalos ocorridos no Tribunal da Relação de Lisboa, que levaram à demissão do presidente, Orlando Nascimento, suspeito de irregularidades na distribuição electrónica de processos. Estas acusações estenderam-se também ao ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz das Neves, arguido no processo Operação Lex, em que são alegadamente acusados o desembargador Rui Rangel e a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante, por factos relacionados com irregularidades formais e não só, no exercício da justiça. Vaz das Neves é ainda acusado de ter montado ilegalmente uma empresa privada de arbitragem extrajudicial e usado as instalações desta instituição para ganhar 280 mil euros nessa actividade. E ainda há um terceiro juiz da Relação envolvido nos mesmos esquemas de viciação de sorteios dos processos, Rui Gonçalves, que estará a ser alvo também de averiguação.
Zé Povinho acha que fosse o seu criador, Rafael Bordalo Pinheiro vivo, esta acção dos juízes não lhe escaparia, uma vez que não é possível imaginar que titulares de cargos públicos tão importantes necessitem de utilizar artifícios que eles próprios condenam ao povo mais ingénuo ou mesmo matreiro. Por tudo isto, caso se comprovem as acusações, a figura da justiça de olhos vendados deve estar bastante envergonhada e intrigada, quando alguns juízes, uma das classes mais bem pagas, alegadamente necessitam de esquemas para aumentar os seus rendimentos…