Os padres Valter Malaquias, natural de Usseira (Óbidos), e Miguel Pereira de Atouguia da Baleia (Peniche), que nos últimos quatro anos esteve como coadjutor nas paróquias de Caldas da Rainha e Coto, tomaram posse em Lisboa, como párocos nas paróquias de São Francisco de Paula, Santos-o-Velho e Alcântara, respetivamente. As celebrações eucarísticas empossadas pela mão do Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa D. Joaquim Mendes, no passado 14 de setembro, tiveram a participação de centenas de caldenses e oestinos, no dia em que a Igreja Católica celebrou a Festa da Exaltação da Santa Cruz.
No final da manhã em Santos-o-Velho, D. Joaquim Mendes, na sua homilia, realçou a cruz como símbolo principal da própria fé, que expressa “o sinal mais eloquente do amor de Deus em Jesus, que nos amou até ao fim, até ao limite do que é possível amar”. O Bispo Auxiliar sustentou que a prioridade dos cristãos passa por “redescobrir e valorizar a cruz como caminho de salvação, de triunfo, de libertação do pecado e de esperança”, conduzidos por Cristo em sentido único pela via do amor ao próximo. Abraçar a cruz segundo D. Joaquim Mendes é sinónimo de “dar a vida e perdê-la por amor para a eternizar”, com o dever de vivê-la sempre em comunidade, em família, como “dom que se dá aos outros e não como dom para conservar, acabando por a perder”, consequência da “cultura do bem-estar”. (…)
Durante a tomada de posse, o padre Valter Malaquias dirigiu-se aos presentes para dizer que é com sentido de responsabilidade acrescida que vem para a paróquia, porque congrega na sua origem “os primeiros mártires de Lisboa”. O sacerdote afirmou que esses mesmos santos que sofreram o martírio por Jesus Cristo “foram modelo de fé para todos aqueles que viveram a fé ao longo dos séculos, e continuam hoje a ajudar-nos a crescer nessa virtude teologal”. “O Patriarca de Lisboa na sua carta dizia que enviava a mim e ao diácono Armando Dilão para que o Evangelho cresça e frutifique; e é por isso que nós estamos aqui, às vezes temos dificuldades em ver essa realidade, mas cresce e frutifica de maneiras práticas e concretas, como quando recebemos e acolhemos alguém na nossa Igreja, como que pelo Batismo crescemos também como Igreja”, sublinhou o jovem padre natural de Óbidos.
Já em Alcântara foi com emoção e com espírito fraterno, que sacerdotes diocesanos, diáconos, acólitos, escuteiros, familiares e amigos do padre Miguel, rumaram à capital para prestar a sua homenagem. O pároco de Caldas, cónego Joaquim Duarte, que concelebrou à Eucaristia de tomada de posse considerou o acontecimento marcante para os caldenses, exteriorizando com alegria a forte participação em comunidade. Gratos pela amizade e colaboração, durante os quatro anos ao serviço das paróquias caldenses, os cristãos desejaram as maiores felicidades na nova e difícil missão pastoral do padre Miguel Pereira.
João Polónia