Um beirão caldense

0
608
- publicidade -

Foi numas férias da Primária que vim para casa dos meus tios Nogueira e D. Rosa da Tália passar o Verão; depois repeti e vim fazer o 7º ano no Colégio, casei, deslocalizei-me para Lisboa e cá estou todos os fins de semana. Assisti à mudança da vida caldense desde há 70 anos; da minha fornada escolar, muitos já partiram; os Calistos Asdrúbal e Tinico, o Tony Vieira Pereira, o Armando João da Zaira, o Henriquinho e tantos outros; resto eu o Jorge Sales, Lalanda e poucos mais.
Com o fim da 2ª Guerra Mundial, deu-se a explosão tecnológica, nos anos 50 a Tv começou timidamente, os computadores gigantes mostraram-se, agora a internet fez tsunami nas famílias. Recordo as Caldas do último meio-século: os automóveis, por família, contavam-se pelos dedos da mão, hoje contam-se as famílias que não têm, os cafés (Zaira, Lusitano, Machado, Capristanos, Bocage e outros) eram ponto de encontro diário; na Primavera/Verão, o Parque, a Praça da Fruta, eram pistas de “piscinas” onde grupos punham em dia as conversas rua acima rua abaixo enquanto as mães discutiam bordados nos cafés. Os bailes no Casino, Lisbonense, Pimpões e outros, os concertos das bandas no Parque, os cinemas Pinheiro Chagas e o Ibéria, faziam parte do “social” da época.
A praia da Foz do Arelho abria com as camionetas das 8h30 apinhadas e fechava às 13h00. Não havia praia à tarde.
As pessoas conheciam-se e falavam-se, hoje conhecem-se nos empregos ou dizem olá!
Eram melhores aqueles tempos do que são hoje? É saudosismo?
Não, as realidades são outras; as tvs, a net, as novelas e futebóis em casa, retiraram o convívio das ruas, as terras deixaram de terem convívio social, somos uma sociedade fria, quando perguntam donde és, já não dizemos com orgulho, sou das Caldas, da Guarda ou de Aveiro, dizemos nasci nas Caldas. Uma diferença abismal; pior ou melhor, não sei.

Duarte Dias da Silva

Estrada Nacional Nº8 volta a precisar de obras

O troço da Estrada Nacional Nº 8 entre Alfeizerão e a entrada das Caldas da Rainha apresenta, em determinados pontos, alguns pequenos buracos. As Infraestruturas de Portugal (IA) normalmente actuam rapidamente em situações desta natureza. Aliás, verificamos que, entretanto, alguns buracos foram tapados, mas há mais entre a saída de Alfeizerão passando por Vale de Maceira e Tornada até à entrada das Caldas. Também quando se circula perto do “Pingo Doce” sentimos ressaltos. Em Dezembro de 2016 apresentámos uma situação idêntica e a Infraestruturas de Portugal, passado pouco tempo os seus serviços colocaram um tapete a meio da estrada que atravessa Vale de Maceira e outro na parte final da estrada de Tornada. Feito este alerta, espero que seja feita uma análise ao piso referido e procedam aos devidos arranjos, porque se trata de uma problema, que, de certo modo, afecta quem por ali transita. Espero que esta mensagem mereça a melhor atenção das Infraestruturas de Portugal.

- publicidade -

Teófilo Antunes

- publicidade -